segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

É carnaval em Salvador!!!


Na minha estréia no Carnaval em Salvador no ano de 2006, fiquei com a impressão que ninguém poderia morrer sem vivenciar isso um dia. É tamanha a emoção de seguir o trio, de sentir a energia e a alegria, que o fato de ser axé perde toda a importância (perdoe-me os fãs, mas headbanguer um dia, sempre HB). Nesse ano, agora moradora local, fomos apenas um dia no carnaval e pra mim foi o suficiente. Recebemos visitas especiais que vieram ver o q a Bahia tem. Nossa primeira hóspede foi Vivi, nossa querida amiga francesa que veio com toda sua educação européia dançar arroxa no bloco da camisinha (bloco gratuito e sem corda), ver as marchinhas no Pelô e até subir no trio. Acho que não foi traumatizante e no fim acho que ela curtiu muito. Saindo Vivi, horas depois recebemos o casal animadíssimo Bella e Zé Carlos que conseguiram sair todos os dias nos blocos com um pique invejável. No fim, foram curtir a maresia do pelourinho conosco. Na terça chegou a Grá minha companheira de Cuia e Sampa e minha grande amiga de sempre. Chegou aqui de navio e pode ver um pouquinho da minha vidinha atual. Super, super paulista Meo não quis nem dar uma espiadinha na muvuca, mas levei-a para o pelourinho para ver algo que a TV não mostra.



os gringos no carnaval



Eu e Julio, pagando contas da nova morada, não conseguimos digerir a idéia de pagar uma pequena fortuna para horas atrás do trio. Ensaiamos ir um dia na pipoca, mas fomos vencidos pelo cansaço de duas horas de engarrafamento para andar poucos kilometros, e próximos ao objetivo, demos meia volta e terminamos jantando nosso amado Yakisoba. Não há animação que resista a horas enfurnadas em um carro. Porém descobri outros carnavais, descobri as marchinhas no pelô, os blocos alternativos e me animei muito mais do que ficar nos circuitos famosos. Existe um carnaval oculto nesta cidade que é mais calmo, menor mas não menos belo.


O Carnaval em Salvador é uma festa peculiar. Inicialmente era uma idéia democrática e linda , idealizada pelos exaltados Dodô e Osmar. Hoje ganhou um poder comercial enorme e de alguma maneira acabou segregando o outrora popular. Quanto a violência, sinceramente acho bem razoável os índices, haja visto o problema social local e o numero enorme de pessoas reunidas. Ainda partilho a opinião que não se pode morrer sem ver tudo isso aqui um dia. Quanto a mim... Queria na verdade ser uma apaixonada pela festa e deixar o Julio contente, mas cada ano que passa me vejo menos atrás do trio. Esperarei o São João e dançarei tudo que me poupei no carnaval. Mas todo ano esperarei fevereiro ansiosamente, imaginando que pessoas queridas aparecerão. Sintam-se convidados!!!

Um comentário:

missbutcher disse...

hum, posso visitar vocês em junho? Ou quem sabe em outubro, não sei...
Mas fevereiro tô fora.
:-) Não fui HB de carteirinha, mas se precisar me torno uma para não passar pelo carnaval. E digo isso pra todos os carnavais. Rio inclusive!
Beleza, ainda é uma festa popular, é bonito de se ver (e é mesmo!), mas não consigo me imaginar em pipoca alguma. Quem sabe o off-carnaval seja interessante por aí. Quem sabe os pequenos blocos, os chamados "blocos família". Mas na muvuca não ouso entrar.

beijos, pros dois. Muitas, muitas saudades. Tá difícil sem vocês aqui. Ainda mais depois que Najla já comunicou sua volta. Dessa vez, estou sofrendo por antecipação...