Demos uma pausa nas postagens francesas para contarmos uma de nossas viagens. AMSTERDAM. Essa era uma cidade que não estava nos planos itinerários em nossa estadia européia. Mas a THALYS (empresa de trem) nos presenteou com passagens baratinhas e arrumamos ótimas companhias para aventurarmos em um bate-volta (fomos sábado e voltamos no domingo) até lá.
Partimos cedinho no sábado, mas alguém resolveu usar todas as drogas licítas e ilicitas e suicidar-se na linha de trem. Atrasamos umas 3 horas, mas nada que fizesse perder a empolgação.
A cidade famosa pela sua postura frente a temas polêmicos como uso de drogas e prostituição, reservava outras surpresas.Amsterdam é uma cidade belíssima, com seus canais que a cruzam em todos os lados, sua arquitetura singular (com seus ganchos no apice das casas), toda arborizada... Além da arquitetura e da beleza da cidade, Amsterdam ainda é repleta de museus. Entre os mais famosos incluem-se o Rijksmuseum, o Museu Nacional, a Casa de Rembrandt e o Museu de Vincent Van Gogh.
Chegamos e resolvemos nos ambientar. Alugamos 4 bicicletinhas amarelas, e partimos direto ao Vondelpark. Lugar delicioso, com um sol gostoso de fim de tarde, pessoas curtindo a paisagem. O museu do Van Gogh estava fechado... Andamos praticamente a cidade toda em uma tarde, é incrível como Amsterdam é pequena. Mas o mais interessante é a quantidade de bicicletas, perde para Cáceres no Mato Grosso (ehhehehe), e melhor é o respeito dos carros, os faróis para os ciclistas. Não tem como, Amsterdam tem que ser feita de bicicleta.
No segundo dia fomos visitar a casa da Anne Frank é um museu super especial e emocionante... Percorrendo as peças e as estreitas escadas, é possível reviver os sentimentos daquela família que viveu escondida por cerca de dois anos. No antigo quarto onde Anne se escondia, ainda estão as fotos de sua coleção de artistas, que ela usou para decorar as paredes. O diário escrito por ela ficou famoso no mundo inteiro, mas há muitas coisas além para se achar por lá. As comoventes cartas de Otto Frank, pai da menina e único a sobreviver, escrevendo para parentes na esperança de reencontrar Anne. O museu também mostra vídeos com depoimentos de pessoas que conviveram com ela, e no fim uma enquete sobre temas polêmicos da atualidade. Enfim valeu muito a pena.
Contrastando com toda essa aura histórica de Amsterdam, está o ar liberal da cidade. Para quem não sabe, na Holanda o uso de drogas leves, a euthanasia e o casamento entre homossexuais são legais. A cidade é repleta de coffee-shops, os bares onde é vendida maconha e o chá de cogumelos, os magic mushrooms, que têm efeito alucinógeno. Os principais consumidores são os estrangeiros que visitam ou moram na cidade. Além do cheiro da erva, que dá para sentir da rua e que é super normal, o RED LIGHT DISTRICT é outra atração que só existe em Amsterdam. É um bairro de prostituição que virou ponto turístico.Nos prédios, cada janela vira uma vitrine de mulheres. Elas fazem poses seminuas convidando os homens a entrarem na sua vitrine, abrem a porta fecham a cortina e pronto. Serviço feito. As mulheres são bonitas, bem maquiadas e esculpidas; reza a lenda que a maioria provêm do Leste Europeu, até deixei o Julio olhar um pouco... Como ele era o unico homem da quadrilha, ele foi selecionado a perguntar o preço do "momento" - 60 Euros serviço completo.
Bom , deixamos Amsterdam conscientes (e debatendo) que o lendário conceito que concerne a liberação do uso de drogas leves talvez não seja a solução ideal. O sentido de libertinagem meio que invandiu a cidade. Palavras de velho, careta? Talvez. - Definitivamente meu lado hippie foi suprimido pelo yuppie que consome-me agora.....
Coisas que só se vê em Amsterdam.
Eu e Tânia disputando o espaço com as outras crianças
O Julio utilizando o discreto banheiro publico local
Essa é para estimular a Imaginação...
Um comentário:
Mari ficou muito legal esse seu blog! eu gostei demais..
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