sexta-feira, 31 de julho de 2009

À todas as mães




Hoje compreendo todas as mães do mundo. Juro que as compreendo. Compreendo até mesmo aquelas que dão coca-cola na mamadeira e as que jogam seus pequenos do nono andar. Já dizia o poeta (poeta, meu poeta camarada...) que filhos por que Tê-los? Mas se nao temos como sabê-los.... Diz tudo. Só quem tem filho sabe. Só quem tem filho sabe o desespero de ve-lo chorar sem ninguém saber por que. Sabe a dor de vê-lo doente. Sabe como é pesado e as vezes solitária a criaçao de um ser. Sabe como é frustrante e ao mesmo tempo recompensador a rotina materna/paterna.
Descobri que em meio ao meu perfeccionismo barato mora uma mãe como todas as outras. Uma mãe que cedeu a chupeta e ao poder do NAN. Que não conseguiu amamentar sua filha até os dois anos e meio como prometera. Que chorou desesperada a primeira vez que a filha vomitou (lembra Taty?) e que a deixou cair da cama (ahhhhh sim eu fiz isso). Sim sou humana. Hoje cuspo na cara dos babacas que pregam o aleitamento acima de tudo e esquecem de pobres mães que não conseguiram amamentar sua prole, dos ignorantes que julgam a mãe que carrega seu filho pra cama dela diariamente e dos fracos de alma que crucificam a pobre coitada que deixou um acidente doméstico acontecer. Sempre penso na hora de sair que todos deveriam compreender a mãe gordinha e descabelada na festa. Eu arrumo Maria, arrumo a malinha, penso no carrinho, chupeta, mamá... e sobram 5 minutos para aprontar-me....

Continuo sendo a prefeccionista de sempre, e aos nove meses Maria ainda nao ingeriu nada industrializado, mamou peito até o sexto mês e dorme em seu bercinho diariamente. Com a seguinte ressalva: a mãe dorme com ela toda a noite e o pai fica solitário na camona de casal...
A sumula é: a maternidade é pesada demais. Não engordemos esse peso ainda mais.
Mães e Mari (eu mesmo... só pra me lembrar de nao esquecer) faça do nascimento de um filho algo leve e indolor. Muitas regras acabam comprometendo a serenidade e levando a insanidade. Por incrível que pareça os filhos sobreviverão APESAR DE nós... Deus protege. Ah é pra ressaltar:você fará as coisas que sua mae fez, incrível como me vejo nela.

Um comentário:

Bel Boucher disse...

mari,
somos ou seremos a repodução dos nossos pais. não tem jeito. eu ainda não tenho a minha prole, mas já estou aprendendo com a prole dos outros.
não é mole, não!

mas tenho certeza de que o trabalho de vocês dois está sendo bem feito!
sorte da maria.

saudades de vocês.